O estudo global «The changing face of HR in 2024», da tecnológica Sage, mostra dados relevantes sobre a função Recursos Humanos (RH) nas empresas. Por exemplo, 81% dos profissionais de RH está em ‘burn-out’ e 62% considera até deixar o sector. A investigação demonstra a enorme escala do desafio que as equipas de RH enfrentam para convencer as organizações do poder da moderna função «People» (Pessoas). De facto, 92% dos executivos ‘c-level’ acredita que o valor percebido dos RH é um desafio para a área. Assim, este pode ser um momento crucial para o sector de RH se reformular – 73% dos líderes de RH e 85% dos executivos ‘c-level’ afirmam que a expressão «Recursos Humanos» está desatualizada. Para além disso, 91% dos líderes de RH diz que o campo de ação das suas funções mudou drasticamente nos últimos anos – e 96% dos ‘c-level’ concorda. Contudo, se para 86% dos líderes de RH o sector está a adaptar-se para se tornar mais rápido e ágil, a maioria dos executivos de topo (63%) ainda vê o papel dos RH como administrativo – e menos de metade (39%) dos líderes de RH acredita que os colaboradores entendem o que estes profissionais fazem. O estudo revela ainda que muitos líderes empresariais não esperam que os RH desempenhem um papel de liderança em áreas-chave que tradicionalmente estariam no seu escopo de trabalho, como o planeamento das equipas e da cultura da empresa. Amanda Cusdin, ‘chief people officer’ (CPO) da Sage, comentou: «Os líderes de RH são muitas vezes os heróis desconhecidos de uma organização, mas nos últimos anos têm demonstrado, mais do que nunca, a sua influência, visibilidade, agilidade e impacto. Considerando a escassez aguda de talento e os fenómenos da ‘grande demissão’ e do ‘quiet quitting’ que muitas organizações enfrentam, os seus líderes precisam de dar prioridade ao investimento em tecnologia e aumentar as qualificações das equipas de RH. O sector tem de adotar tecnologia que liberte os profissionais de RH das tarefas administrativas e os capacite para se focarem mais na estratégia, ajudando as empresas e os colaboradores a atingirem as suas metas de crescimento e desenvolvimento.»
O futuro dos RH
Enquanto 91% dos líderes de RH diz estar entusiasmado com o futuro da profissão, 83% concorda que não ter a tecnologia de RH certa é um desafio para o futuro. Efetivamente, neste momento apenas 59% das organizações recorre a analítica de pessoas e a sistemas de RH na ‘cloud’, e apenas 54% possui alguma forma de automação de RH. De facto, para 92% dos líderes da área, a quantidade de trabalho é uma barreira para o sucesso futuro – e, assim sendo, a tecnologia é a chave para gerir este desafio. Automatizando as tarefas administrativas, as equipas de RH podem dedicar mais tempo à estratégia, e o self-service permite que os colaboradores tenham controlo sobre os seus dados, poupando trabalho manual aos RH. Helen Armstrong, ‘chief executive officer’ (CEO) e ‘founder’ da Silvercloud HR, referiu por sua vez: «Os líderes de RH escolhem essa profissão porque querem fazer a diferença. Infelizmente, muitas vezes a burocracia e as tarefas administrativas dificultam-no; assim, não é de surpreender que se sintam mais exasperados do que nunca. Graças a automação, análise, ‘self-service’ e muito mais, os gestores de pessoas têm uma oportunidade maior do que nunca de finalmente trocar as folhas de cálculo pela estratégia e redescobrir por que se dedicaram à área para começar: para fazer a diferença.» Questionados sobre quais vão ser os principais desafios para os RH no próximo ano, os líderes de RH preveem que serão os orçamentos limitados (90%), a falta de recursos (89%) e a falta de apoio da equipa de liderança (83%) – para além da carga de trabalho. Destacaram ainda alguns fatores que consideram importantes para a profissão ser bem-sucedida: o aumento das capacidades de RH (42%), mais ‘know-how’ tecnológico (40%) e um maior investimento em especialidades (37%) – por exemplo, profissionais especialistas em Diversidade & Inclusão. Finalmente, no que concerne as principais prioridades de RH em 2023, os líderes de RH e os executivos ‘c-level’ concordam que a gestão de talento deve estar no topo da lista. Igualdade, inclusão e diversidade e a saúde e bem-estar dos colaboradores também figuram em destaque para os líderes de RH; enquanto os executivos ‘c-level’ acreditam que os RH devem focar-se mais no crescimento financeiro, na eficiência e na produtividade. Mais informações aqui.
12.12.22